OS SINTOMAS E SINAIS COMO FERRAMENTAS INDISPENSÁVEIS PARA A MEDICINA
Mesmo as pequenas alterações não deixam de ser grandes
mudanças no nosso sistema orgânico e no universo que nos envolve.
Nunca realmente apenas sentimos alguma coisa, muita coisa
muda para ser percebido como um “sintominha”.
Nossa saúde é a resultante de uma dinâmica de vida
fantástica que nos é impossível de compreender por completo devido a imensa
complexidade.
Quando, no passado, passamos a estudar mais conscienciosamente o
corpo humano e suas funções alguém dividiu nossa realidade orgânica única em
cabeça e corpo, tendo lá alguma influência da religião.
Então passou a ser comum que a nossa realidade fosse
dividida em coisas da mente e coisas do corpo. Esse conceito é arraigado na
cultura ocidental.
Em decorrência disso, grosseiramente, foi dividido nossa
realidade em mental e físico, mas existe essa divisão?
Muitos que afirmam não existir criam sistemas tão
fantásticos que o melhor é dividir e vice versa.
Temos que nos enquadrar em algum conceito em voga no nosso
tempo, senão ou o fato é ignorado como se não existisse, ou causará um mal
estar desorganizador.
O PRIMEIRO PRINCÍPIO
Somos seres vivos.
Só isto basta para podermos começar a nos entender.
Ver a realidade mais simples que podemos ver com nossos
sentidos e funções: somos seres que ainda estamos vivos.
Não precisamos de mais nada a verificar essa realidade e
muito menos conceitos que apenas complicariam nossa percepção pura e simples.
E como seres vivos vivemos em algum lugar que é o bem aqui e
agora.
Magnífica conclusão.
Disso incorre observarmos que reagimos assim e assim, que
movemos braços pernas e dirigimos nosso olhar para cá e para lá, etc.
Então como poderemos nos conhecer?
Aí o cerne da questão, já nos conhecemos, mas não temos na
nossa racionalidade nada que pudéssemos nos espelhar como membros de alguma
coisa, do mundo e pensamentos, então
criamos a observação, e nomeamos partes. Isso sem dúvida ajuda o estudo e
compreensão daquilo como somos como organismos viventes.
Não que sejam em si descobertas, mas recriamos, à nossa
capacidade, a nossa realidade e a que nos envolve, nomeando e criando modelos
para explicar-lhes a realidade que conseguimos perceber como tal.
Daí surge incessantemente dicotomias, divisões, e realidades
únicas são geradoras de inúmeras realidades conceituais que nos induzem achar
que nada tem em si relação, e são, na realidade, apenas manifestações detalhadas de uma única observação.
Daí estudamos coisas que dizem respeito à mente, ao cérebro,
aos órgãos e sistemas, e assim por diante.
Voltando aos nossos sintomas, eles refletem uma unidade
conceitual, mas na realidade dos fatos, na atualidade deles, é apenas algum
ruído de um movimento universal que nos envolve.
Mas por que tudo isso é interessante?
Mas por que esse discurso com ares existencialistas?
Porque simplesmente temos que ter em mente que o particular
é manifestação do movimento da unidade, e quando falamos em medicina, o objeto
de estudo tem que ser o indivíduo e não simplesmente sintomas e doenças.
O OBJETIVO DOS SINTOMAS E SINAIS
Parece não mostrar diferença, de ser apenas uma afirmação um
tanto verborréico, mas é assim, entendendo que os sintomas podem ganhar um novo
significado e a resultante disso, após treino sério e constante, será a
capacidade de entender o som das doenças, a visão da alteração a que chamamos
doença.
Não que os estudos setorizados não sejam produtivos e úteis,
mas tem na sua dimensão uma utilidade focal que nos ajuda como o foco de luz de
uma lanterna sobre um objeto.
Muitos dos profissionais clínicos famosos, que por sua
prática tinham hipóteses diagnósticas acuradíssimas eram tido como médiuns
videntes ou intuitivos e nunca um trabalho árduo de educação, de conseguir
tornar claro a todos a percepção pessoal daquilo a que chamamos doença.
Muitas vezes prognosticaram doenças mesmo antes delas se manifestarem
como disfunções, e só baseado na forma de entender e observar o objeto de
estudo, o indivíduo enfermo.
Como então fazer para se integrar com a observação Clínica?
Sem dúvida é uma tarefa difícil e passível de ser treinada
através do estudo sistematizado, utilizando a indução e dedução.
A INFORMAÇÃO DO PACIENTE
A melhor ferramenta que tem um médico, principalmente o médico
homeopata, são as informações do paciente.
Os sintomas e sinais do paciente nos é de uma riqueza ímpar, porque nos
mostram como a doença natural modificou seu estado de saúde.
É só através deles que podemos fazer uma ideia, através de sua ação
patógena, da face da doença em ação, como age e o que provoca.
Só podemos mesmo entender o que tem que ser tratado através dos
sintomas e sinais que denunciam como a doença alterou o indivíduo sadio.
Apenas através das informações sobre o paciente e sua doença é que o
homeopata pode perceber a dinâmica da enfermidade que está consumindo a pessoa
e diminuindo seu padrão de vida.
A doença dinâmica não se mostra de outra forma senão através dos
sintomas e sinais que ela gera ao se alterar.
E é através dessas informações que podemos chegar a um diagnóstico
patológico do corpo ou da alteração do dinamismo de vida.
É só assim que poderemos conhecer a Doença Dinâmica, que altera
o Dinamismo Vital.
Cabe, portanto, ao paciente numa consulta médica, o trabalho de informar com exatidão para que junto com o médico possam atingir o objetivo que é promover a saúde integral do indivíduo.
Cabe, portanto, ao paciente numa consulta médica, o trabalho de informar com exatidão para que junto com o médico possam atingir o objetivo que é promover a saúde integral do indivíduo.
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