quarta-feira, 5 de agosto de 2015

OS SINTOMAS E SINAIS COMO  FERRAMENTAS INDISPENSÁVEIS PARA A MEDICINA



      Mesmo as pequenas alterações não deixam de ser grandes mudanças no nosso sistema orgânico e no universo que nos envolve.

      Nunca realmente apenas sentimos alguma coisa, muita coisa muda para ser percebido  como um “sintominha”.

      Nossa saúde é a resultante de uma dinâmica de vida fantástica que nos é impossível de compreender por completo devido a imensa complexidade.

      Quando, no passado,  passamos a estudar mais conscienciosamente o corpo humano e suas funções alguém dividiu nossa realidade orgânica única em cabeça e corpo, tendo lá alguma influência da religião.

      Então passou a ser comum que a nossa realidade fosse dividida em coisas da mente e coisas do corpo. Esse conceito é arraigado na cultura ocidental.

      Em decorrência disso, grosseiramente, foi dividido nossa realidade em mental e físico, mas existe essa divisão?

      Muitos que afirmam não existir criam sistemas tão fantásticos que o melhor é dividir e vice versa.
      Temos que nos enquadrar em algum conceito em voga no nosso tempo, senão ou o fato é ignorado como se não existisse, ou causará um mal estar desorganizador.

O PRIMEIRO PRINCÍPIO


      Somos seres vivos.

      Só isto basta para podermos começar a nos entender.

      Ver a realidade mais simples que podemos ver com nossos sentidos e funções: somos seres que ainda estamos vivos.

      Não precisamos de mais nada a verificar essa realidade e muito menos conceitos que apenas complicariam nossa percepção pura e simples.

      E como seres vivos vivemos em algum lugar que é o bem aqui e agora.

      Magnífica conclusão.

      Disso incorre observarmos que reagimos assim e assim, que movemos braços pernas e dirigimos nosso olhar para cá e para lá, etc.

      Então como poderemos nos conhecer?

      Aí o cerne da questão, já nos conhecemos, mas não temos na nossa racionalidade nada que pudéssemos nos espelhar como membros de alguma coisa, do mundo  e pensamentos, então criamos a observação, e nomeamos partes. Isso sem dúvida ajuda o estudo e compreensão daquilo como somos como organismos viventes.

      Não que sejam em si descobertas, mas recriamos, à nossa capacidade, a nossa realidade e a que nos envolve, nomeando e criando modelos para explicar-lhes a realidade que conseguimos perceber como tal.

      Daí surge incessantemente dicotomias, divisões, e realidades únicas são geradoras de inúmeras realidades conceituais que nos induzem achar que nada tem em si relação, e são, na realidade,  apenas manifestações detalhadas de uma única observação. 

      Daí estudamos coisas que dizem respeito à mente, ao cérebro, aos órgãos e sistemas, e assim por diante.

      Voltando aos nossos sintomas, eles refletem uma unidade conceitual, mas na realidade dos fatos, na atualidade deles, é apenas algum ruído de um movimento universal que nos envolve.

      Mas por que tudo isso é interessante?

      Mas por que esse discurso com ares existencialistas?

      Porque simplesmente temos que ter em mente que o particular é manifestação do movimento da unidade, e quando falamos em medicina, o objeto de estudo tem que ser o indivíduo e não simplesmente sintomas e doenças.

O OBJETIVO DOS SINTOMAS E SINAIS


      Parece não mostrar diferença, de ser apenas uma afirmação um tanto verborréico, mas é assim, entendendo que os sintomas podem ganhar um novo significado e a resultante disso, após treino sério e constante, será a capacidade de entender o som das doenças, a visão da alteração a que chamamos doença.

      Não que os estudos setorizados não sejam produtivos e úteis, mas tem na sua dimensão uma utilidade focal que nos ajuda como o foco de luz de uma lanterna sobre um objeto. 

      Muitos dos profissionais clínicos famosos, que por sua prática tinham hipóteses diagnósticas acuradíssimas eram tido como médiuns videntes ou intuitivos e nunca um trabalho árduo de educação, de conseguir tornar claro a todos a percepção pessoal daquilo a que chamamos doença.

      Muitas vezes prognosticaram doenças mesmo antes delas se manifestarem como disfunções, e só baseado na forma de entender e observar o objeto de estudo, o indivíduo  enfermo.
      Como então fazer para se integrar com a observação Clínica?
      Sem dúvida é uma tarefa difícil e passível de ser treinada através do estudo sistematizado, utilizando a indução e dedução.

A INFORMAÇÃO DO PACIENTE

      A melhor ferramenta que tem um médico, principalmente o médico homeopata, são as informações do paciente.
    Os sintomas e sinais do paciente nos é de uma riqueza ímpar, porque nos mostram como a doença natural modificou seu estado de saúde.
     É só através deles que podemos fazer uma ideia, através de sua ação patógena, da face da doença em ação, como age e o que provoca.  
      Só podemos mesmo entender o que tem que ser tratado através dos sintomas e sinais que denunciam como a doença alterou o indivíduo sadio.
     Apenas através das informações sobre o paciente e sua doença é que o homeopata pode perceber a dinâmica da enfermidade que está consumindo a pessoa e diminuindo seu padrão de vida.
     A doença dinâmica não se mostra de outra forma senão através dos sintomas e sinais que ela gera ao se alterar.
   E é através dessas informações que podemos chegar a um diagnóstico patológico do corpo ou da alteração do dinamismo de vida.
    É só assim que poderemos conhecer a Doença Dinâmica, que altera o Dinamismo Vital. 

      Cabe, portanto, ao paciente numa consulta médica, o trabalho de informar com exatidão para que junto com o médico possam atingir o objetivo que é promover a saúde integral do indivíduo.




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