terça-feira, 15 de novembro de 2016

UMA EXPERIÊNCIA ANTE A CURA DE UM QUADRO AGUDO



Às vezes, no dia a dia da prática médica acontecem coisas que por si só nos ensinam muito.

Essas experiências vão muito além das técnicas utilizadas nos dias de hoje em medicina, ou de qualquer outro texto Médico-científico descrito.

Se pensarmos na Homeopatia, que é uma terapêutica que atravessa milênios e que com Hahnemann ganhou clareza e praticidade, essas experiências são ainda muito mais ricas e valem muito para o observador sem preconceitos.

Nos quadros agudos, quando a ansiedade e a angústia dos familiares bate forte nos envolvidos, é comum se tentar algo que remova rapidamente os sintomas como se isso garantisse que o mal não exista, muito embora o doente continue a adoecer mais e mais até o ápice da patologia aguda em questão.

Mas, se o que queremos é curar o indivíduo doente, porque não suportar um tratamento mais adequado e pararmos de tirar sintomas e pôr em risco a vida daqueles que amamos?

Pois foi num quadro agudo que assisti a reação de espanto de um pai que ainda não tinha visto uma cura homeopática e a conclusão que teve mediante a experiência vivida.

A verdade está na realidade do dia a dia do que fazemos e qualquer um pode atestar isso como foi o caso que contarei.

UMA CRIANÇA DOENTE, PAIS ANSIOSOS


Uma criança estava com febre média com sintomas gerais e inespecíficos de qualquer patologia, parecia mesmo uma virose que iniciava.

O paciente, uma criança de um a dois anos, primeiro filho de um casal jovem.

No transcorrer de um ou dois dias, os sintomas começaram a aparecer.

A febre subiu, a criança começou a apresentar uma face típica com olhos inchados e semi-fechados, rosto vermelho, olhos lacrimejando, nariz semiobstruído e começando a escorrer. Estava sonolento, irritado, querendo ficar quietinho.

Na evolução apareceram os catarros que saiam pelos olhos em grande quantidade, nariz, e a tosse que antes era seca e passara a apresentar uma expectoração grossa, e como as demais secreções cinzentas, além de catarro semelhante no ouvido médio.

Nesse momento a febre começou a subir e chegou  a fazer a noite quarenta graus celsius, quando os pais me trouxeram.

A mãe fora tratada por mim desde criança com a Homeopatia e estava mais segura, embora ansiosa e angustiada com a doença de seu primogênito. Mas o pai, que mal sabia o que era a Homeopatia, estava tenso e com medo.

Foi examinado e medicado, e dado para eles o prazo de dois dias para sumir a febre e melhorasse os sintomas.

Explico a evolução do quadro, a duração da febre por esses dois dias e que esta se comportaria subindo um grau descendo um grau. Uma vez informado sobre o como observar a evolução e os cuidados gerais que tinham que dar para o filho, os dispensei esperando revê-los em quatro a cindo dias depois.

O RETORNO À CONSULTA


Depois de quatro dias eles retornam conforme minha orientação na primeira consulta.
O casal entrou sorrindo com a criança no colo a me olhar desconfiada. Sorrio para ela e recebo de volta um lindo sorriso.

A criança tivera febre por dois dias conforme eu disse, e saiu um montão de secreção no decorrer. Depois cedeu a febre e as secreções, voltando a criança à sua atividade normal, animada e sorridente.

O menino estava bem, ativo embora um pouco irritado, o que é de se esperar neste momento.


Examino-o cuidadosamente e não encontro nada mais de anormal, nem o catarro que inundava o ouvido médio, tudo normal.

O pai de pé me olhava durante todo o exame físico, durante todo o diálogo com a sua mulher.

Sento na minha escrivaninha e ele de pé me fala:
- É só ter paciência, doutor , que tudo se resolve. Fiquei impressionado com a evolução da cura. Fez exatamente conforme o senhor disse e evoluiu até não ter mais nada . Meu filho nem parece que teve esse quadro todo! É só ter paciência e dar o remédio e o quadro desaparece… fiquei espantado.
Foram os dois dias e pronto, fiquei espantado!

Realmente mostrava espanto, estava extasiado em ver aquela terapêutica tratar de forma tão precisa e tão rápida.

Nunca tinha visto esse tipo de tratamento.

Para sua mulher, que já estava familiarizada com a Homeopatia foi somente mais uma cura, mas para ele “ era só ter paciência”.
Isso falava porque os sintomas não foram paliados, os sintomas não foram retirados e apenas tratamos o doente, que evoluiu naturalmente para cura.

COMENTÁRIO


Quando o vi falando lembrei que esta experiência seria útil a muitos que se tratam com a Homeopatia.

Quando diante de uma quadro agudo eles medicam sintomas para se verem livres da angústia que a doença gera.

Realmente, hoje ante a um quadro agudo, é muito difícil convencer os pais a não fazerem nada mais que a Homeopatia, a aguardarem a resposta orgânica e verem seguramente seu familiar doente curar tranquilamente com o mínimo de gasto de vida e sem agravar com complicação nenhuma.

A experiência fala por si, nos mostra como naturalmente saramos, emergimos da doença com a vida toda retomando seu vaso humano.

Aquele pai estava maravilhado com algo tão corriqueiro.

Muitas pessoas sofrem porque resolvem tratar com a Homeopatia. O medo ao ver os sintomas persistirem após algumas poucas doses do medicamento os fazem medicar os sintomas paliativamente não dando tempo ao corpo  de organizar a cura. Medicam com alopatia causando um dano ao doente, prolongando o tempo de recuperação e impondo uma carga a mais ao corpo sobrecarregado pela doença.

Aquela experiência queria que fosse de todos os que se tratam com a Homeopatia, para que pudessem ver e entender do que o nosso sistema orgânico é capaz, e de como essa terapêutica opera curando as pessoas através da mais natural resposta orgânica que é muito eficiente e única no processo de cura.  

FINALIZANDO


Não digo aqui que a Alopatia não tenha seu valor, que outra terapêutica, seja qual for, também não tenha seu valor na cura, mas que a Homeopatia é soberana no tratamento das pessoas com uma enfermidade aguda, ou mesmo crônica, porque provoca a resposta restauradora no organismo frente a uma enfermidade, como vimos aqui nesta caso agudo.


Aliás, a Homeopatia tratava as tão comuns Pneumonias do começo do século XX, que ceifou tantas vidas de crianças, enquanto nada se podia fazer com qualquer outra terapêutica.

Com a Homeopatia, o corpo é provocado a reagir com vigor, de forma integrada, reorganiza a recuperação e a faz de maneira soberana e naturalmente, tão suave e pronta que chama a atenção de um observador.

Além de curar de forma pronta, suave e definitiva, com o mínimo de gastos para o corpo, deixa como que uma memória da forma de responder em casos semelhantes, compondo assim uma “memória da resposta”.

Espero que todos, algum dia, tenham o prazer de ver esta experiência, muito embora, na verdade, desejo que ninguém adoeça.