quinta-feira, 30 de abril de 2015

HOMEOPATIA, NEM FÉ NEM PARTIDO: CIÊNCIA


Quem já não ouviu alguém dizer que gosta e está do lado da Homeopatia?
Ou que usa a Homeopatia porque acredita nela (chegam a usar expressões "fé", "é preciso ter fé")?
Ela não é partido político ou coisa do gênero para se estar do lado dela, apoiá-la, se expressar a favor dela... Nem tampouco religião para se ter fé ou acreditar.
Ninguém precisa tomar a medicação com “fé”, muito menos ter pensamento positivo de que vá funcionar para ela ser eficaz. Isso é ridículo e, a partir deste ponto, já não falamos mais como médicos.
Para deixar clara a nossa linha de raciocínio, vamos lembrar um pouco como se desenvolveu o método de estudo científico, baseado em experimentações.
Tudo o que conhecemos e usamos em Medicina vem de estudos realizados por diversos homens voltados a desvendar, resolver problemas e enigmas, criar um corpo de conhecimento que possibilite existir a Medicina.
O método de Estudo Cientifico que usamos hoje foi fruto do desenvolvimento da razão humana, e ela vem mudando no tempo, gradativamente, em busca de exatidão na construção do conhecimento humano.
Hahnemann era um médico doutorado e produzia trabalhos que eram apresentados na academia de medicina do seu tempo, em seu país (Alemanha). Dentre os trabalhos, um deles é o tratado sobre a sarna, que é válido até hoje, com a indicação do Benzoato de Benzila para curá-la.
A ciência de antes de Hahnemann era feita por teoremas vindos do nada, ou observados na natureza e explorados como conhecimento humano.
Francis Bacon desenvolveu o Método Empírico de Estudo que revolucionou no seu tempo e cobrou do estudioso atenção e observação para descrever os fenômenos encontrados no nosso meio. Não havia nenhuma tentativa de interpretar o fato, apenas o observava, experimentava e anotava tudo.
Deste ponto, não demorou muito para que começassem a anotar, experimentar e formular uma teoria sobre o assunto em estudo.
Na medicina, essas experimentações vieram com Claude Bernard em 1865, quando publicou seu trabalho "Introdução ao estudo da Medicina Experimental". Essa obra é apontada na literatura como a primeira experimentação em medicina, embora Samuel Hahnemann já tivesse divulgado suas experimentações em 1796, "Ensaio sobre um novo princípio para descobrir as virtudes curativas das substâncias medicinais", aconselhando a fazer experimentações no homem sadio. Isso 69 anos antes de Claude Bernard. Em 1810, ele publicou "Organon da Medicina Racional", eixo da Homeopatia, trabalho todo baseado em experimentações e rigorosa observação.
A Homeopatia nasceu na medicina experimental de Hahnemann. Foi o resultado de um trabalho de uma vida toda, desenvolvido por um doutor da academia de ciências médicas, através do método de estudo de seu tempo, e não do imaginário dele ou de qualquer outro. 
Está, portanto, longe de crenças, misticismo, filosofias e religiões. É um ramo da ciência médica, resultado de um trabalho racional acadêmico do século XVIII.
É um campo terapêutico ainda muito atual que nos aponta para uma área de estudo ainda virgem na ciência atual.
Sei, sim, que existem médicos que falam de forças astrais, psíquicas, forças neuróticas e recorrem a muitas explicações que se amoldam à imaginação de cada um.
Mas a Homeopatia é um campo de estudo a ser considerado, não por ser o mais certo,  mas por ser um material desenvolvido por um médico através da observação, síntese e experimentação, que compunham o Método de Estudo Empírico-Científico de sua época.
Se a quisermos conhecer a Homeopatia dentro do método de estudo atual, Método Cientifico de Estudo, é só se adequar a ele através de trabalhos sérios.
Há os que dizem: ou temos Alopatia ou temos Homeopatia, situadas como frentes opostas em conflito.
Não sei como isso pode ser dito sem má fé ou ignorância.
Pode-se dizer que são coisas diferentes, mas não antagônicas, e não estão em conflito, porque cada terapêutica tem suas características e formas de atuar plenamente estudadas, distintamente e independentemente uma da outra. 
Vale repetir: são especialidades individuais da cadeira de Terapêutica, e não representam duas vertentes opostas que se digladiam para ter supremacia na forma de tratar os pacientes.
Certa vez, encontrei um colega que, assim que me viu, começou a falar baboseiras para justificar que Homeopatia “não presta”, e que a Alopatia era o oposto salvador. E passou a dizer:
- Se chegar um acidentado sem sangue nas veias o que você faz?
Pensei comigo: chamo um padre porque está morto. Mas não falei para não torná-lo tão eloquentemente insano.
- Na verdade, eu daria expansor de plasma, ou sangue, se eu o tiver em mãos. E isso é Isopatia e não Alopatia – respondi.
Olhou-me e ficou quieto. Depois continuou:
- Vocês dizem que curam tudo, quero ver se você pegar aqueles desidratados na pediatria. Quero ver o que você faz! – e balançava a cabeça como Mussolini nos seus discursos.
Perguntei a ele:
- E o que você faz?
Respondeu-me orgulhosamente e prontamente:
- Não sou pediatra, mas como alopata daria água, eletrólitos e glicose (esse é o tratamento básico de um desidratado).
Emendei:
- Eu como homeopata faria o mesmo!
- Mas como? Por que não usa a Homeopatiazinha? – falou de uma forma como se quisesse brigar mesmo comigo.
- Porque, como médico que sou, escolheria a proposta da Isopatia, que é a postura mais adequada a meu ver.
- O que é isso, Iso... agora nada é alopatia? – contestou, mas já incertamente.
- A Alopatia poderia no máximo indicar um antimicrobiano, se fosse essa a etiologia do quadro, um antiemético que não a atropina porque senão seria a enantiopatia, mas não poderia fazer mais nada, além disso, para desidratação...
Comecei a falar pausadamente para me fazer entender .
- De onde tirou isso – quase urrou
- Da Medicina, ué! – respondi
- Eu estudei lá na faculdade “tal” e não vi nada disso – falou, se gabando da faculdade que tem renome nacional.
- Dá para ver – respondi.
Esse encontro tão desagradável, em que o interesse médico real ficou de lado, a favor de uma ação violenta, mostrando uma polarização absurda que não provém da Medicina e de seu conhecimento, mostra-nos a raiz do problema: o desconhecimento.
Mostra-nos, infelizmente, a posição atual de um número de médicos, não de todos, graças a Deus, refletindo uma atitude tão contemporânea.
Essa postura é comum na política, religião, na definição de grupos vários, no futebol. Está na maneira de agir das pessoas hoje, e muitas vezes serve para movimentar massas populacionais.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

DENGUE


No momento em que vivemos enfrentamos um aumento no número de casos de Dengue.

Há lugares onde o problema realmente é crítico e em outro mais leve, mas a realidade é que realmente se configura como uma ameaça à saúde das pessoas.

Essa doença se controla através da erradicação do um mosquito transmissor do vírus causador da doença. São os mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus.   


Há uma tentativa de produzir uma vacina eficaz porém, como em outras doenças virais, há dificuldade de cobrir-se os sorotipos do vírus.

Na verdade, o controle do mosquito é o mais efetivo meio de prevenção e garante segurança à todos.  
Essa ação vem sendo negligenciada pelo poder público há muitos anos, não só no que diz respeito a Dengue, mas as outras doenças infecciosas “Brasil a fora”.

Um problema de Saúde Pública, na verdade, cabendo ao município manter atividades para sua erradicação e educação popular para se evitar criadouros nos quintais e em plantas.

Cabe a cada brasileiro cobrar essas ações mesmo que, talvez, não se esteja em risco eminente no momento, porque num descontrole ninguém estará ileso.


Tem-se que deixar o comodismo e a crença salvadora apenas nas drogas e vacinas e cobrar ações reais, claras e aprovadas para o saneamento do nosso meio.

Uma parcela grande de nossos jovens está insuficientemente educada o que os coloca em risco de doenças sexualmente transmissíveis e suas temidas sequelas, citando um exemplo de conduta paliativa irresponsável.

O que se faz?

Nada, dão-se camisinhas!

FÓRMULA MILAGROSA


Muitos me perguntaram sobre uma fórmula indicada para prevenir a doença.

Sinceramente nada melhor que promover e manter a saúde como prevenção de qualquer doença. 

 Toda ação que mire este objetivo estará fazendo o máximo de ação preventiva.

Como até a definição de saúde hoje é confusa para um público geral, fica-se aproveitando o ambiente de medo para fazer explorações de maneiras improváveis de se prevenir a Dengue.


Na Homeopatia a Dengue é mais uma virose como tantas outras, semelhante àquelas que provocam os resfriados e as gripes. E sua cura também é igualmente simples.


A ação da Homeopatia  nesses casos é tratar o indivíduo para se curar a doença, o que não é nada difícil para essa terapêutica.

Na Alopatia pode-se cuidar do doente, mas a virose em si evolui.

Porém, dando-se condições ao indivíduo ele se curará por si mesmo.

As ações mágicas de prevenção aparecem com interesses escusos.

No ano passado, a Influenza levou a se fazer  também uma fórmula para preveni-la.

Fizeram uso indiscriminado do nosodio Influenzinum, o que  muitas vezes aumenta a suscetibilidade ao vírus ao contrário de preveni-lo.

Se o paciente vier a se complicar com uma influenza poderá acontecer de o organismo reagir de forma inadequada e ter dificuldade de curar-se.  

Há uma busca frenética e mal orientada por saúde hoje o que faz com que pessoas aceitem qualquer indicação em nome da prevenção.

Tínhamos medo das guerras, dos golpes sociais, de estrangeiros, da violência urbana, e hoje está em voga o medo das doenças e da morte.


RESUMINDO  


Vamos  rever aqui : só pessoas saudáveis resistirão de maneira satisfatória a qualquer agressão à vida que possa acometer um indivíduo.

O status de saudável só é adquirido através de posturas da pessoa ante a alimentação, exercícios, repouso e destress.  Acrescente a isso a remoção da Doença Dinâmica, que a Homeopatia trata, e viver em ambientes saudáveis e saneados.

Tudo o mais ou é comércio ou é engodo, não há milagres.

A Alopatia também ajuda e muito na manutenção da saúde, com o seu uso racional e efetivo.
Quem negaria o fato da efetividade da ação contra doença crônica física, por exemplo, como 

Hipertensão Arterial, Diabetes,  entre tantas outras.

Há casos que serão incuráveis e aí a Alopatia vai ser soberana na limitação do mal.

A forma como se usa a alopatia aqui no Brasil, foge da ciência que embasa o uso dos medicamentos 

Alopáticos, e isso devido ao abuso no consumo, a má orientação, e a “medicina da pressa”.

O descaso vem mais de cima como todos sabem, e não muito podemos fazer uma vez que a população, como um todo, está fascinada pelos exames e drogas, e fecha os lhos para o fundamental.

É um momento confuso de nossa sociedade que vivemos hoje, uma parte sombria de nossa história de evolução como povo. Caberá a cada um de nós juntos fazer uma nova e melhor sociedade, mas não cabe aqui discutirmos isso. Este é o fato que colabora para que apareçam tantos problemas com na Medicina aqui no Brasil.

Da parte do poder pública cabe fazer o controle do vetor transmissor do Vírus da Dengue, da sociedade o de manter as condições desfavoráveis às doenças infecciosas típicas de nosso país, e da Medicina a aplicar conhecimentos já adquiridos e sedimentados no controle e limitação honesta e produtiva  do mal infeccioso.

É triste ver acontecer essas endemias como resultado de desleixo público, e mais ainda o uso inadequado de medicações e condutas aproveitando-se a ignorância geral  para se aproveitar empurrar o que não é efetivo. 

quarta-feira, 22 de abril de 2015

ANTI-ESTRESSE


"Estresse, do português do Brasil, ou stresse, do português de Portugal, pode ser definido como a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos (estressores) e que permitem ao indivíduo (humano ou animal) superar determinadas exigências do meio ambiente e (b) o desgaste físico e mental causado por esse processo." (Wikipédia)
Antigamente dizia-se que precisávamos de Higiene Mental se quiséssemos manter nossa saúde.
Higiene mental são ações que consiste em: assumir diretrizes como criação de normas para manutenção da saúde mental; comportamentos de prevenção de doenças mentais e disfunções congênitas; aprimoramento da terapêutica e cuidados atribuídos a pacientes mentais; auxílio aos indivíduos necessitados para ajudá-los na integração na sociedade e no Contexto Laboral; aumento da conscientização da comunidade em relação a conflitos psíquicos no âmbito da economia, criminalidade, educação e comportamento humano.
Na medida em que avançamos no mundo moderno o estresse torna-se constante, e não mais como um momento determinado que uma vez resolvido se desfaz a tensão.
Hoje vivemos normalmente tensos e estressados, mesmo quando achamos que relaxamos.

MUNDO MODERNO,  MUITOS ESTÍMULOS E DECISÕES


 No mundo moderno é comum se estar imergido em atividades múltiplas que exigem uma tomada de decisão.
Para cada ato uma responsabilidade e uma consequência, de tal forma que quando uma pessoa tem que decidir aparece uma tensão associada.
E vivemos num mundo que exige muitas decisões no âmbito familiar, do trabalho e no individual.
 Por outro lado, vivemos contemporaneamente em uma sociedade que  gera muitos estímulos.
Ao enfrentar o trânsito para chegar ao trabalho recebemos uma carga de estímulos.

O ambiente de trabalho também é composto com multitarefas, com outros tantos estímulos acontecendo no passar do tempo e ao mesmo tempo.

Tomarmos muitas e muitas decisões, temos muitas emoções variadas e ao voltar para casa  novamente o trânsito com muitos estímulos mais, como na ida.

Nossos avós viveram num mundo em que a soma de estímulos num mês mal dava o número de estímulos de um dia nosso.

Acho interessante o mundo atual, tão ativo, mas ele trás consequências funestas para nosso organismo quando participamos intensamente de suas atividades sem uma ação anti-estresse.

OS LIMITES FÍSICOS


Nossa maquina orgânica se adapta esplendidamente, porém tem limites.

Quem já não disse algo como :  "hoje o dia me sugou as energias?"

E com que frequência se ouve ou mesmo se fala tal frase?

Além desses estímulos todos, as tensões das decisões, some-se a isso o nível de ansiedade a que somos expostos, elevam nosso patamar de excitabilidade para se vencer o dia.

Todos esses fatores que chamaremos de estímulos atuam sobre nós gerando um desgaste e uma necessidade de parar ou desanuviar um pouco para resgatarmos as energias.

VOLTEMOS AO VOVÔ 

O vovô chegando em casa a tarde, jantava as dezessete horas, confraternizava com amigos próximos de casa, e por volta das vinte e trinta as vinte e uma horas já estava “se recolhendo”.
Não havia luz elétrica, televisão e o sono vinha cedo por falta de estímulos, e o sono era tranquilo e reparador. O vovô estava pronto para dormir, relaxado. Deitava-se, o sono vinha e cumpria todo o seu ciclo, acordando ele pela manhã "novinho em folha".

Hoje nós chegamos cansados do trabalho e jantamos por volta das dezenove a vinte horas.

Temos luzes por todos os lados e, depois do banho, vamos descansar em frente à televisão, máquina geradora de mais estímulos, que acaba de super estimular nosso sistema, já muito bombardeado.

Deitamos tarde para aproveitar ver alguns programas.

Depois de tudo espera-se que relaxemos automaticamente momento de dormir. Não estamos prontos para o sono, estamos estimulados e exaustos.

O sono não será tranquilo e faltará o relaxamento para atingirmos níveis adequados de sono profundo.

Quando superficializamos o sono os sonhos retratam as ansiedades vividas, as expectativas a que se  impõe, a angustia existencial.

Seguindo, não será um dia quando renderemos o nosso melhor.

Pior ainda, são aqueles que nem sonham mais, e mesmo que se quisesse não haveria tempo para eles.  


Nosso corpo como uma máquina se sobrecarregará e mostrará sintomas resultantes de uma vida intensa assim. E achamos normal  viver com os sinais da sobrecarga a que está exposto o sistema nervoso, como se tudo fosse natural.
Não suportamos indefinidamente, há limites! 

Chega um momento em que a capacidade de produzir neurotransmissores para realizar a transmissão nervosa decresce, ou simplesmente não acompanha a enormidade dos gastos decorrentes de tantos estímulos, e a qualidade da vida fica muito reduzida.

Tudo o que ocorre se nos apresenta como uma necessidade imperiosa a tal ponto que frequentemente mal se percebe a vida passando ou que ainda se vive, e sentimos que o "tempo voou”.

Também complica tudo com o aquilo que deixamos entrar conscientemente em nossa mente.

Cuida-se com o que se come e se bebe, mas raramente cuidamos com o que entra em nossas “cabeças”, negligentemente.


Um mundo de emoções, na maioria das vezes desnecessárias, convive na vida de cada um também empurrando para uma situação de desastrosa de vida insatisfatória e desgastante.

Vi uma vez uma propaganda de um jornal que mostrava duas pessoas subindo uma montanha. Chegando lá em cima, olham tudo aquilo e depois do “legal, legal”, começam a descida de volta.

A propaganda diz que por não lerem o tal jornal não têm o que dizer e subentende-se por isso não estão vivendo prazerosamente.

Será?

Por que têm que ler a mesma coisa num mesmo jornal para repetir como papagaios mesma coisa um para outro?

Uma sutil imposição a mais que procurar provocar no pobre homem sobrecarregado mais uma necessidade premente.

Não basta que se conscientize dos fatos e acontecimentos, e coloquemos no lugar devido daquilo que podemos ou não mudar ou interagir?
 
Exercer uma atividade que não precisamos fazer, que temos prazer em fazer, e que realizamos felizes é o caminho do destress. 

Não me lembro de exatamente onde li que dois americanos do norte se programaram para ir acampar.

No mês que antecedeu foram ansiosamente programando e comprando tudo que precisavam.
Arrumaram uma agenda de tudo que queriam fazer, e como fariam, e tudo foi sendo antecipado, os dias horas, os minutos....

Viveram esses dias que antecederam com tamanha ansiedade e pré-ocupações que quando lá chegaram não ficaram mais que dois dias, porque tudo era muito enfadonho, não tinha o que se fazer.
Já o tinham feito ansiosamente e inquietamente mesmo antes de chegarem.

É o rítimo do mundo moderno.  

Não puderam estar ali.

Tudo era perfeito se não fosse pelo sonho induzido coletivamente para manter o consumo.

A ansiedade e a incapacidade de relaxar e simplesmente estar naquele momento impediram que realmente relaxassem.
Não puderam simplesmente acampar e curtir aqueles dias com o que pudesse lhes oferecer estavam muito agitados para isso.

Assim vivemos !

Também, não é incomum quando uma família planeja uma férias juntos, aparecer antes uma ansiedade venenosa implodindo o relacionamento familiar. E o pior, aparecerá pequenas patologias como que querendo boicotar as desejadas férias.  

Há a necessidade de trabalhar, de assumir responsabilidades, de se ocupar com o desenvolvimento da sociedade em que se vive, e viver a vida que nos foi dada com plenitude.

Para isso há que se estar INTEIRO no trabalho, mas COMO PARTE DA VIDA que temos, no lar também, e nas nossas horas de vadiagem,  também.

Tudo tem que compor UMA SÓ vida.

Isto já ajudaria muito porque muitos estresses simplesmente desapareceria. 

Uma vida plena só é possível se soubermos respeitar todas as necessidades do nosso corpo e da nossa mente, e devemos sempre pensar que uma vida plena e satisfatória só existe para aqueles que, mantendo-se como uma unidade saudável, desfruta do mundo à nossa volta com tudo que há de bom ou não.

segunda-feira, 6 de abril de 2015


DESCANSO ADEQUADO 

  
É muito comum entre jovens o slogan “Dormir é perder tempo”. 

Eu também concordo com isso, e podemos até ampliar o conceito para “Descanso apropriado é perder tempo”, já que inclui, também, o dormir.

E é uma realidade o perder o tempo. O tempo para nos destruir.

Perde-se um tempão desgastando- se excessivamente em busca de prazer e poder, abrindo-se mão de uma vida respeitando as necessidades do corpo, deixando-se de desfrutar de uma vida plena e prazerosa.

Desta forma, a vida perde qualidade muito cedo e fica muito mais curta, transformando-se  em uma vida menos saudável e prazerosa.

Dormir é perder o tempo do desgaste excessivo, é se preservar, é manter-se mais tempo sadio e se ter uma vigília de qualidade.

Toda atividade gera um desgaste, toda rotina gera um desconforto, um tédio, e todo o repouso nos da a chance da “vadiagem sadia”, o merecido repouso.
Ela nos proporciona um auto-contato, e uma chance de reorganização.

A NECESSIDADE DO SONO


Todos têm uma necessidade de dormir  de sete a oito horas por dia, assim como se tem a necessidade de comer, beber, respirar.


O sono é importante para a recuperação da saúde em situação de doença enquanto a privação deste pode afetar a regeneração celular assim como a total recuperação da função imunitária.

É durante essas horas de sono que nos recompomos.

Normalmente para um adulto, 7-8 horas de sono por dia é suficiente, se a pessoa tem um sono normal reparador.

Quando dormimos temos uma fase de sono muito profundo, quando todo nosso corpo se desacelera muito, e nossa atividade mental é praticamente nula. 
Depois o sono se surperficializa um pouco e volta a aprofundar mais uma vez, não tão profundo como a primeira vez. 
Logo mais, o sono novamente se torna superficial. É  quando sonhamos ( sono REM ), é o sono que chegamos até despertamos pela manhã.

O estado de sono é caracterizado por um padrão típico de ondas cerebrais, essencialmente diferente do padrão do estado de vigília, bem como do verificado nos demais estados de consciência.

OS CICLOS DO SONOS


O ciclo do sono é formado por cinco estágios que duram de noventa a cento e vinte minutos e se repete umas cinco vezes.

O número de ciclos por noite depende do tempo do sono. O sono de uma pessoa jovem é, habitualmente, composto por quatro ou cinco desses ciclos, com tendência à redução com o avançar da idade". No entanto, o padrão comum varia entre quatro a cinco ciclos.



O sono se divide em sono não REM, setenta por cento do sono, e sono REM. (Sem movimento do globo ocular NREM, e com movimentos rápidos do globo ocular REM).

O sono NÃO REM é dividido por quatro estágios.

No primeiro aparece a sonolência e a pessoa adormece e é facilmente despertada.

O eletroencefalograma não se altera da vigília nessa fase, e predominam sensações de vagueio, pensamentos incertos, movimentos repetitivos  das mãos e dos pés, lenta contração e dilatação pupilar. Nessa fase, a  atividade do sonho está sempre relacionada com acontecimentos vividos recentemente.

Seguindo vem o estágio dois quando há uma lentificação das ondas cerebrais no eletroencefalograma, e o padrão dos sonhos já pode surgir sob a forma de sonho com uma história integrada.

O despertar já se torna mais difícil.

Seguindo, no estágio três o sono se aprofunda ficando mais difícil acordar a pessoa, e dura de cinco a quinze minutos. 

Quando entra no sono do estágio quatro acontece o sono profundo que dura uns quarenta minutos.

É muito difícil acordar alguém nessa fase de sono.

Este estágio do sono não REM caracteriza-se pela secreção do hormônio do crescimento em grandes quantidades promovendo a síntese proteica, o crescimento e reparação tecidular.  O sono não REM tem, pois, um papel construtivo, anabólico, sendo essencialmente um período de conservação e recuperação de energia física.

Daí volta para o estagio três por uns quinze minutos e entra o sono REM.
O sono REM caracteriza-se por uma intensa atividade registrada no Eletroencefalograma seguida por flacidez e paralisia funcional dos músculos esqueléticos.
Nesta fase, a atividade cerebral é semelhante à do estado de vigília.
Nesta fase do sono, os sonhos têm atividade intensa, com sonhos envolvendo situações emocionalmente muito fortes.
É durante essa fase que é feita integração da atividade cotidiana, a separação do comum do importante.
Estudos também demonstram que é durante o sono REM que sonhos ocorrem.
A fase representa 20 a 25% do tempo total de sono e surge em intervalos de sessenta a noventa minutos.
É essencial para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.
Falar do sono é mostrar a importância que ele representa para nós, e a falta dele é jogar horas de vida bem vivida para o lixo. 

O REPOUSO FÍSICO-MENTAL


Além do sono, precisamos também de uma parada, uma quebra no rotina para nos refazermos tanto fisicamente quanto mentalmente.

O dia para nós do século vinte e um e´desgastante e cansativo.

Não cavamos, não quebramos pedras, não matamos leões, mas nos desgastamos fisicamente bastante enfrentado nossas rotinas barulhentas e cheia de estímulo.

Fazemos muitas coisas sem pensar e sem ter consciência disso, sem sequer notar que exaurimos.

 Quem já não sentiu uma necessidade de descansar no meio do dia, ou ao chegar em casa sentimos como se tivéssemos carregado pedras o dia todo?

O tônus muscular mudou muitas e muitas vezes sob a ação dos hormônios vasoativos, hormônios de tecidos, no frenesi do dia.

Uma paradinha, as vezes, é providencial para nos recuperarmos um pouco e seguir em frente.

Após um período de atividades físicas, um dia de repouso muscular, depois de um período de atividades estressantes a relaxada final.

Não é difícil assim, mas há a necessidade do repouso reparador, principalmente do sono.
Precisamos respeitar nossos limites como animais que também somos, que apesar de termos uma mente racional autoconsciente somos formados por um corpo animal mortal como de qualquer mamífero.