segunda-feira, 28 de março de 2016

A EVOLUÇÃO DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO



Muitas dúvidas surgem depois que uma pessoa toma uma dose única bem escolhida para um tratamento Homeopático.
  
Agravação homeopática?

Estou piorando?

É assim mesmo?

O tratamento esta sendo bom, é curável?

O que esperar depois de tomar uma dose única


Podemos esperar alguns efeitos do organismo após uma dose única homeopática.
Na verdade, é também percepção aumentada do corpo de seus sintomas patológicos ante a sensação do medicamento homeopático  individualizado.
É um fato comum, e as formas mais comuns são:

  • Após uma dose única pode não se notar nada no primeiro instante e em umas duas semanas depois parecer que piorou muito. Como normalmente não lembramos mais que tomamos a dose única achamos que estamos adoecendo. Ou, caso contrário, se lembramos achamos que o medicamento fez mal.
  • Pode-se, também, agravar logo após a dose única. Muitos acham que o remédio não fez bem. Após algum tempo começam as melhoras e o tratamento flue. Após mais algum tempo, pode aparecer, para uma parte dos pacientes, mais uma ligeira agravação seguindo, imediatamente após,  de melhoras definitivas.

  • Outra maneira é quando logo após a dose única, ou após um tempo curto de silêncio orgânico, os sintomas começam a amenizar, indo desaparecendo gradualmente até o final da ação da resposta induzida pelo medicamento.
 
  • Uma melhora muito boa de inicio pode ser substituída por uma agravação, até severa, perto de um mês depois da dose única. Normalmente os pacientes acreditam que o efeito do medicamento acabou, mas ele  ainda esta “a todo vapor”. Logo em seguida, vem as melhoras que perdurarão no tempo.


Essas são as formas mais comuns de se ver a resposta orgânica após dose única, dentro do primeiro mês depois de toma-la. 

É conhecida dos que já se trataram ou acompanharam alguém num tratamento homeopática.

Não é preciso que ela seja intensa, e nem mesmo existe uma relação entre a intensidade da agravação medicamentosa e a intensidade da resposta curativa. 

Devemos mesmo tentar evitá-la se possível.  

Há casos em que não vemos a agravação, apenas as mudanças produzidas pelo dinamismo  medicamentoso.

É a forma ideal de reagir que sempre buscamos alcançar, mas nem sempre podemos garantir que conseguiremos tal façanha.

É a forma mais confortável de tratar.

O porque da agravação e das sensações desconfortáveis depois da dose única


Quando tratamos os pacientes com Homeopatia nós estamos provocando uma mudança do organismo na sua forma de responder e reagir em relação ao meio onde vivemos.

Mudamos, na verdade, a resposta adaptativa orgânica.

Livramos o organismo da interferência da doença crônica que mantém o sistema susceptível a adoecer.

É quase impossível que não tenhamos alguma sensação, algum incremento dos sintomas, agravação homeopática,  diante dessa mudança, e que as vezes é desagradável.

Ainda por cima, não apreciamos mudanças em nossa situação habitual e tendemos a reagir, sejam elas quais forem.

Mas a agravação homeopática, a acentuação dos sintomas molestos provocados pela doença natural, aparecem por outro motivo.

Quando tomamos o medicamento homeopático, este foi escolhido pela semelhança máxima possível ao desequilíbrio provocado pela doença e que gera sintomas.  

Logicamente, sentiremos intensificar os sintomas da desorganização provocada pela doença crônica dinâmica devido ao uso do medicamento semelhante.

Ele aumenta a percepção da alteração dinâmica, fato este visível através dos sintomas incrementados

Nada de mais nisso, a não ser que indica a adequação medicamentosa, a integridade da percepção do paciente e só podemos esperar a cura.

Entendendo melhor a evolução do tratamento


Partindo do estado de enfermo, após a dose única, o paciente apresentará uma melhora notável até um certo ponto.

Estabiliza aí por algum tempo e depois mostrará uma tendência a recrudescer os sintomas.

A ação do medicamento provocará uma mudança no estado do doente, que levará à melhora do paciente com a diminuição de todos os sintomas.

Além da mudança, há também um pouco de paliação devido a intensidade do estímulo medicamentoso que encobre parcialmente os sintomas.


A melhora observada com o uso do medicamento é composto pela aniquilação da doença crônica mais o efeito paliativo da intensidade do estímulo da dose única.

Depois de um tempo, quando as mudanças para saúde param, depois que cessa a resposta ao estímulo do remédio, o efeito paliativo começa a ceder, dando a impressão de que os sintomas voltarão.

Numa avaliação criteriosa, esse momento pede uma nova dose, ou ajuste do medicamento e da nova dose a ser readministrada.

Uma nova melhora ocorre agora após a segunda dose única, quando o efeito da primeira foi totalmente esgotado.

A partir do sucesso da dose anterior, muito mais resposta se verá após esta segunda dose única, devidamente modulada segundo a semelhança do quadro atualizado.

Vai assim até a cura quando o total das melhoras corresponderá a restauração da saúde do enfermo.

Muitos paciente vêm ao consultório com doenças crônicas cujos os sintomas são realmente muito molestos.

Depois da dose conhecem um alívio muito grande. 

Quando cessa o efeito paliativo e parece que os sintomas voltarão, eles ficam muito ansiosos com medo de que o mal volte.

Mas não voltará.

É apenas um movimento que mostra que o tratamento não chegou ao fim. 

Uma nova consulta deve ser feita, um novo diagnóstico de tratamento e novamente uma nova dose ajustada a realidade do momento.

Algumas pessoas vêm ao consultório agitadas dizendo que tudo voltou. 

Depois de reestudado na consulta fica claro que realmente não voltou, apenas alguns sintomas mostram -se ainda presentes indicando que o tratamento deve seguir até a cura total e definitiva.  

Evoluindo o tratamento chegaremos ao final, quando só a saúde pode ser encontrada no doente.

Uma vez curada a doença crônica dinâmica, as “ameaças de voltar” desaparecem para sempre.
 

Quando a cura não vem

Há os incuráveis, infelizmente.

Não pela doença em si, mas por não armarem uma resposta curativa.

O lado bom é que são casos realmente raros.

O paciente toma a dose única, agrava e, na evolução,  volta ao que estava no início.

Podemos pensar em ajudá-lo de outra maneira, mas a proposta da Homeopatia, que é a cura, não será atingida.

Não adianta repetir doses, trocar medicamento, aplicar mais de um medicamento, aumentar a dinamização usando-a como potência ( o que não é ) ao custo de desenvolver no paciente mais sintomas e alterações molestas devido a patogenesia.

Se dermos uma dinamização muito alta a um paciente sensível ou repetirmos o medicamento aparecerão sintomas que o medicamento trata e a isso damos o nome de Patogenesia.

Felizmente para todos nós, o tratamento homeopático é muito  eficaz contra doenças crônicas e agudas, e tem uma maneira “sui generis” de agir.

A cura se dá de maneira rápida, suave e definitiva.