segunda-feira, 6 de abril de 2015


DESCANSO ADEQUADO 

  
É muito comum entre jovens o slogan “Dormir é perder tempo”. 

Eu também concordo com isso, e podemos até ampliar o conceito para “Descanso apropriado é perder tempo”, já que inclui, também, o dormir.

E é uma realidade o perder o tempo. O tempo para nos destruir.

Perde-se um tempão desgastando- se excessivamente em busca de prazer e poder, abrindo-se mão de uma vida respeitando as necessidades do corpo, deixando-se de desfrutar de uma vida plena e prazerosa.

Desta forma, a vida perde qualidade muito cedo e fica muito mais curta, transformando-se  em uma vida menos saudável e prazerosa.

Dormir é perder o tempo do desgaste excessivo, é se preservar, é manter-se mais tempo sadio e se ter uma vigília de qualidade.

Toda atividade gera um desgaste, toda rotina gera um desconforto, um tédio, e todo o repouso nos da a chance da “vadiagem sadia”, o merecido repouso.
Ela nos proporciona um auto-contato, e uma chance de reorganização.

A NECESSIDADE DO SONO


Todos têm uma necessidade de dormir  de sete a oito horas por dia, assim como se tem a necessidade de comer, beber, respirar.


O sono é importante para a recuperação da saúde em situação de doença enquanto a privação deste pode afetar a regeneração celular assim como a total recuperação da função imunitária.

É durante essas horas de sono que nos recompomos.

Normalmente para um adulto, 7-8 horas de sono por dia é suficiente, se a pessoa tem um sono normal reparador.

Quando dormimos temos uma fase de sono muito profundo, quando todo nosso corpo se desacelera muito, e nossa atividade mental é praticamente nula. 
Depois o sono se surperficializa um pouco e volta a aprofundar mais uma vez, não tão profundo como a primeira vez. 
Logo mais, o sono novamente se torna superficial. É  quando sonhamos ( sono REM ), é o sono que chegamos até despertamos pela manhã.

O estado de sono é caracterizado por um padrão típico de ondas cerebrais, essencialmente diferente do padrão do estado de vigília, bem como do verificado nos demais estados de consciência.

OS CICLOS DO SONOS


O ciclo do sono é formado por cinco estágios que duram de noventa a cento e vinte minutos e se repete umas cinco vezes.

O número de ciclos por noite depende do tempo do sono. O sono de uma pessoa jovem é, habitualmente, composto por quatro ou cinco desses ciclos, com tendência à redução com o avançar da idade". No entanto, o padrão comum varia entre quatro a cinco ciclos.



O sono se divide em sono não REM, setenta por cento do sono, e sono REM. (Sem movimento do globo ocular NREM, e com movimentos rápidos do globo ocular REM).

O sono NÃO REM é dividido por quatro estágios.

No primeiro aparece a sonolência e a pessoa adormece e é facilmente despertada.

O eletroencefalograma não se altera da vigília nessa fase, e predominam sensações de vagueio, pensamentos incertos, movimentos repetitivos  das mãos e dos pés, lenta contração e dilatação pupilar. Nessa fase, a  atividade do sonho está sempre relacionada com acontecimentos vividos recentemente.

Seguindo vem o estágio dois quando há uma lentificação das ondas cerebrais no eletroencefalograma, e o padrão dos sonhos já pode surgir sob a forma de sonho com uma história integrada.

O despertar já se torna mais difícil.

Seguindo, no estágio três o sono se aprofunda ficando mais difícil acordar a pessoa, e dura de cinco a quinze minutos. 

Quando entra no sono do estágio quatro acontece o sono profundo que dura uns quarenta minutos.

É muito difícil acordar alguém nessa fase de sono.

Este estágio do sono não REM caracteriza-se pela secreção do hormônio do crescimento em grandes quantidades promovendo a síntese proteica, o crescimento e reparação tecidular.  O sono não REM tem, pois, um papel construtivo, anabólico, sendo essencialmente um período de conservação e recuperação de energia física.

Daí volta para o estagio três por uns quinze minutos e entra o sono REM.
O sono REM caracteriza-se por uma intensa atividade registrada no Eletroencefalograma seguida por flacidez e paralisia funcional dos músculos esqueléticos.
Nesta fase, a atividade cerebral é semelhante à do estado de vigília.
Nesta fase do sono, os sonhos têm atividade intensa, com sonhos envolvendo situações emocionalmente muito fortes.
É durante essa fase que é feita integração da atividade cotidiana, a separação do comum do importante.
Estudos também demonstram que é durante o sono REM que sonhos ocorrem.
A fase representa 20 a 25% do tempo total de sono e surge em intervalos de sessenta a noventa minutos.
É essencial para o bem-estar físico e psicológico do indivíduo.
Falar do sono é mostrar a importância que ele representa para nós, e a falta dele é jogar horas de vida bem vivida para o lixo. 

O REPOUSO FÍSICO-MENTAL


Além do sono, precisamos também de uma parada, uma quebra no rotina para nos refazermos tanto fisicamente quanto mentalmente.

O dia para nós do século vinte e um e´desgastante e cansativo.

Não cavamos, não quebramos pedras, não matamos leões, mas nos desgastamos fisicamente bastante enfrentado nossas rotinas barulhentas e cheia de estímulo.

Fazemos muitas coisas sem pensar e sem ter consciência disso, sem sequer notar que exaurimos.

 Quem já não sentiu uma necessidade de descansar no meio do dia, ou ao chegar em casa sentimos como se tivéssemos carregado pedras o dia todo?

O tônus muscular mudou muitas e muitas vezes sob a ação dos hormônios vasoativos, hormônios de tecidos, no frenesi do dia.

Uma paradinha, as vezes, é providencial para nos recuperarmos um pouco e seguir em frente.

Após um período de atividades físicas, um dia de repouso muscular, depois de um período de atividades estressantes a relaxada final.

Não é difícil assim, mas há a necessidade do repouso reparador, principalmente do sono.
Precisamos respeitar nossos limites como animais que também somos, que apesar de termos uma mente racional autoconsciente somos formados por um corpo animal mortal como de qualquer mamífero.

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