sábado, 30 de abril de 2016

Fiquem Alertas, Há Certas Coisas Que Não Funcionam Na Homeopatia


Vem acontecendo, com muita frequência hoje, certas intrusões de pessoas não habilitadas no tratamento de um paciente.
Diante disso, escrevo para alertar os pacientes que não se deixem seduzir por promessas vãs e atuações inapropriadas e desastradas, que podem levar a incurabilidade de um enfermo, ou a interrupção de um tratamento por pura vaidade, ganancia ou ignorância.


Uma Interferência Criminosa

Um médico estuda seis anos na faculdade de medicina, mais dois anos de especialização, mais uns vinte anos de desenvolvimento e aculturamento para poder fazer uma clínica com segurança e bons resultados.
A preocupação do médico é levar seu paciente a cura com rapidez e segurança, para trazê-lo de volta a saúde sempre que possível.
Mas temos visto, com uma frequência crescente,  um ato irresponsável e danoso que é a interferência  no tratamento de um paciente, levando a riscos incalculáveis.
Muitos são frutos da ignorância, em um país onde a falta de formação escolar ainda é grande, a despeito do excesso de informação que, contrario ao ato de educar, deseduca.
Mas o que me assusta é que, cada vez mais, a pessoa que interfere tem faculdade, ou seja, passou por todos os níveis  de estudo, e sua atitude não condiz com sua formação.


Um Farmacêutico



Há anos atrás, prescrevi para uma paciente uma dose única na dinamização LM3.
É um tipo de preparo do medicamento homeopático e foi prescrito em dose única, porque a exatidão do medicamento impedia usar qualquer outro método de prescrição.
Depois de um tempo, fui chamado com urgência para a cidade da paciente que estava muito ruim e os colegas locais, embora não soubessem do que se tratava, queriam interná-la para avaliações e monitoramento.
Chegando lá, não demorei para diagnosticar: patogenesia medicamentosa, e das intensas.
Tomei as atitudes necessárias e fiquei sabendo que a farmacêutica havia mudado minha prescrição e dado doses repetidas diárias.
Ligo na farmácia:
- Senhora, fui chamado com urgência para ver minha paciente que enfermou porque a senhora mudou  a minha prescrição. -  falo-lhe depois de me apresentar como médico daquela senhora.
- Pois é, o senhor não sabe usar as dinamizações cinquenta milesimal, LM, e eu corrigi.
- A sua “correção”, poderia ter custado a vida da minha paciente, e a minha prescrição não poderia nunca ter sido alterada nem por outro colega, muito menos pela senhora que não é médica - explico-lhe com cuidado para não irritá-la.
- É sempre assim, vocês erram e nós pagamos o pato. Fique sabendo que temos um grupo aqui que nos reunimos para estudar a aplicação das dinamizações LM, junto com o Dr. X, de São Paulo. Ele medica assim e nós aqui também, se quer saber.

Diante disso, fica evidente a petulância da profissional de nível superior, cuja a formação acadêmica beira a ignorância. Mostra uma atuação fora da área da sua alçada profissional, atestando uma coisa apenas: desconhecimento por avançar fora da sua formação profissional.


Um Fato Que Se Repete

Fiquei deveras assutado com a petulância dessa farmacêutica, irresponsável, e tive que comunicar ao Conselho regional de Farmácia sobre o fato.
O exercício ilegal da medicina não existe como lei proibitiva para proteger o médico senão que para salvaguardar o paciente.
Mudanças são feitas na receita prescrita por médicos por outros profissionais de forma irresponsável.
AlgemasAs vezes, dependendo de como o paciente faz a resposta ao estímulo medicamentoso, primeiro aparece uma melhora e depois uma agravação, para só depois vermos as melhoras definitivas.
Alguns profissionais não habilitados estimulam pacientes que acham que o medicamento acabou sua ação e prescreve o mesmo medicamento mais vezes parando o tratamento. 

Pior ainda, a interferência inadequada leva ao agravamento do estado do paciente, quando outro médico é solicitado. Ele vai atuar para corrigir o que vê, quando o corpo responde com um quadro de idiossincrasia que pode levar a mais interferências médicas na tentativa de corrigir o mal.
Um profissional assim provoca uma escalada de ações, devido a sua interferência,  até que acontece um acidente que pode custar a vida do paciente.


Por que interferir?



Os profissionais não médicos não foram preparados para consultarem e nem medicarem ninguém, muito menos interferir num processo de cura, as vezes profundo o suficiente para complicar se for interferido nas respostas medicamentosas.
Paro o leigo chamamos de ignorância e para uma pessoa formada na área médica?
Justificam que antes eram eles que medicavam porque não havia médicos homeopatas.
O que não sabem é que antes faziam Alopatia com medicação homeopática.
Hoje há médicos e eles devem se responsabilizar pelos tratamentos, não outros profissionais que não exuberam conhecimentos médicos suficientes para exercer a medicina, muito menos foram suficientemente treinados adequadamente.
O hábito brasileiro de procurar o balcão de uma farmácia para se medicar é crônico. Cabe a pessoa que busca a responsabilidade por sua saúde, de saber que a Medicina não é suimples como a mídia faz acreditar. É muito mais que medicamentos, que prescrição, e que não há fórmulas mágicas nem um remedinho bom para alguma coisa. O descalabro é grande.
Se nas mãos dos médicos já há riscos , nas mãos inapropriados, imperitas, seguindo manuais e livrinhos informativos, só poderá ocorrer acidentes.
Escrevo apenas para alertar a não aceitarem mudanças na prescrição de um médico que pode ser perigoso e não estar no plano terapêutico do médico.
Recentemente houve outra interferência  por parte de uma farmacêutica que mudou a prescrição.
A paciente estranhou a descrição do medicamento que estava no vidro do medicamento e me ligou perguntando se era assim mesmo.
Reafirmo a  minha prescrição e confirmo ter que ser o medicamento tal qual prescrevera a  que deveria tomar.
Com  medo de que eu fizesse algo e pudesse “prejudicar” a farmacêutica não me diz o nome da profissional e nem a farmácia onde isso ocorreu.
Protegeu a farmacêutica e não a outros que poderão se arriscar com a prescrição médica alterada.
A farmacêutica justifica a minha paciente, quando ela ligou de volta, dizendo que como prescrevi o medicamento não funcionará.
Até quando isso vai ocorrer?

Depende de cada paciente prezar pela inteireza da farmácia e do farmacêutico, pensando além de si próprio mas também nos outros pacientes que podem, desavisadamente, serem vítimas desta atitude irresponsável.        

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